Quando nos referimos ao cotidiano escolar, ele se coloca mais nos rituais diários do que na mesmice dos dias. No cotidiano escolar, há o momento da chegada, das primeiras conversas no espaço sagrado de sala de aula. Há o conteúdo revisado para forrar o próximo aprendizado, o trabalho em grupo, a fixação do assunto em atividade individual. Previsões inscritas nos planos de aula. E há, também, a dessacralização deste espaço, quando tomado de surpresa, de questionamentos, do inusitado das relações pedagógicas. Dessacralização necessária.
O cotidiano escolar tem traços e tempos, preenchidos por práticas de ensino que recriam modos de ensinar e provocam outras maneiras de aprender. Por isto, também os dias na escola, definitivamente não são iguais! Afinal, se ocorre aí tanto aprendizado, cada vez se muda mais o olhar, o gesto, a compreensão e apreensão da realidade. Como há, no seu espaço, os esboços de sonhos, a imaginação provocada, a possibilidade da escuta, os tombos no recreio e as amizades que se fortalecem. Sim, o cotidiano escolar se descotidianiza na reflexão diária dos fazeres e pensares sobre Educação, processo avaliativo, necessidade de incluir e de acolher. Definitivamente, os dias na escola não são todos iguais. Ainda bem!